Entregou ou não?

"O São Paulo entregou ou não?" Infeliz e injustamente, será isso que os meus e os seus ouvidos ouvirão durante a longa semana que está por vir. Conca, o craque do campeonato, pouco será lembrado. O Fluminense, então, muito menos.

O destaque será a postura são-paulina em campo, vista por muitos como "corpo-mole". Outra injustiça. O São Paulo perdeu, sim, mas esteve longe de entregar a partida. Facilitou? Talvez, mas não por má fé. Facilitou pelas tolas expulsões de Xandão e Richarlyson. Não à toa, somente após essas expulsões, o Flu conseguiu vencer Rogério Ceni, quase impecável até o momento.

O Fluminense pouco tem a ver com isso. Pouco não... Nada! Foi soberano na partida, vencendo merecidamente, pelo placar de 4 a 1, com Conca participando diretamente dos gols cariocas, o que já tem sido rotineiro durante o campeonato.

Um pouco longe dali, no mesmo horário, o Corinthians encarava o enforcado Vitória. O time de Tite atuou mal, escapando de uma derrota: 1 a 1. Ronaldo, peça-chave na reação corintiana, saiu machucado e talvez não jogue mais neste ano. Mais uma vez, o Corinthians pecou pela falta de elenco. Não foi a saída de Mano nem a fraca passagem de Adílson que tirou do Timão o título deste ano. Em um longo, cansativo e disputado campeonato como é o nosso, sabemos que ter elenco é primordial.

Pelo tropeço corintiano, de forma antecipada, considero o Fluminense como o novo campeão brasileiro. Palmeiras "B" e Guarani (já rebaixado), seus derradeiros adversários, não devem ser páreos para o time tricolor. A taça está nas mãos do bom time treinado por Muricy, treinador papão de brasileirões.

Se o título também será merecido, cabe a em outro post discutirmos isso. Já falei demais para queimar minha boca. Julgar isso agora seria errado da minha parte. Em futebol já vi de tudo e queimei minha boca em mais ocasiões ainda, por tentar dar uma de Mãe Diná ou algo do tipo. Mas nem por isso deixo de afirmar o que penso, e o que penso, no momento, é que o Flu levantará a taça no dia 5 de dezembro, em um Engenhão em êxtase, emocionado e levemente coberto por pó-de-arroz.