25 de dez. de 2010

Próximo passo: unificar títulos de futebol de botão

Após um almoço em família, eu e meu pai sentamos no chão para nos divertirmos - ou somente para mim - com o jogo que ele havia me dado de presente. Tratava-se do futebol de botão, o qual ele fez questão de me apresentar e ensinar - como ocorre em quase todas as famílias. Haviam somente quatro times: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Paixão ao primeiro chute, com um objeto que até então era estranho para mim: a palheta. A partir daí, não parei mais. Lembro-me, como se fosse ontem, de partidas épicas, clássicos inesquecíveis, campeonatos que me faziam perder um dia, com amigos ou meu próprio tutor. Aqueles dias, inesquecíveis, viraram passado, e não repercutem no meu presente, a não ser por lembranças.

Insensata como sempre, por pressão e politicagem, a CBF, após meio século, decidiu unificar títulos brasileiros de 1959 a 1970 aos de 71 adiante, o que, para ela, significa valorizar e homenagear craques daquela época (Pelé, Pepe, Ademir da Guia, entre outros, são reconhecidos nacionalmente pelo que significaram ao futebol brasileiro, e são campeões de outros campeonatos, diferenciados do atual e jamais esquecidos no passado). Justificativa esdrúxula (chega a ser aceitável os títulos do Robertão, campeonato competitivo, ao contrário da Taça Brasil, que, no máximo, deveria ser unificado à atual Copa do Brasil). Portanto, amigos, nada mais justo que homenagearmos o passado de todos os brasileiros, unificando nossos títulos de futebol de botão, autenticando-os e premiando-nos com aquelas medalhas compradas na 25 de Março, de valor estritamente simbólico e político. Assim, poderemos comemorar, fazer passeatas e bater no peito, como muitos ignorantes já estão fazendo. Palmeirenses terão mais um motivo a comemorar, em um ano péssimo. Santistas poderão criar um dossiê imenso, pedindo a unificação da Recopa Dois-Irmãos como Mundial Interclubes. O passado tomará conta do presente, e nossos dirigentes esquecerão do futuro. No mundo do "faz-de-conta" de Ricardo Teixeira e sua corja, o Grêmo Maringá tem o direito de reinvindicar o Torneio Pai-e-Filho de Maringá. Para aproveitar a onda, quero que as minhas lembranças também se transformem em medalhas de lata.

Conheça um pouco mais da palhaçada chamada unificação - é o jeito nos acostumarmos -, AQUI.

3 comentários:

  1. Os campeonatos brasileiros não começaram em 1971 , os jogadores que jogaram antes merecem o ter seu reconhecimento , e não é pelo fato de ser palmeirense não ! O Futebol mereci sim que jogadores como Pelé , Ademir da Guia , entre outros tenham na sua bagagem títulos brasileiros '

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  2. "(Pelé, Pepe, Ademir da Guia, entre outros, são reconhecidos nacionalmente pelo que significaram ao futebol brasileiro, e são campeões de outros campeonatos, diferenciados do atual e jamais esquecidos no passado)"

    Foi exatamente o que falei no post. Venceram títulos brasileiros, mas não Campeonato Brasileiro - como é denominado o atual. Venceram Taça do Brasil ou Robertão. É como querer juntar Copa do Brasil à Campeonato Brasileiro. 2 é um número, 22 é outro.

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  3. kkkkkkkkkkkkk
    Muita bom "Messi"
    uahsuahsuashauhsa
    É muita cara de pau ter dois CAMPEÕES BRASILEIROS em um mesmo ano, ou um clube ser CAMPEÃO BRASILEIRO jogando apenas quatro jogos, ou ainda vencendo jogos po WO...
    Eu era a favor a unificação, mas depois q soube como q era fiquei de cara, nenhuma das duas deve ser reconhecida como CAMPEONATO BRASILEIRO - o BRASILEIRÃO. É como querer fazer do "B" e do "C" o "A".
    Alguns dizem q o Robertão ainda sim, mas se a Taça Brasil vai entam tem q acrescentar aí a Copa do Brasil...

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