11 de jan. de 2011

Em mãos certas

Messi, Iniesta, Xavi, Sneijder, Cristiano Ronaldo, Forlán, Villa, Eto'o, Müller, Robben. Merecedores e pitacos não faltaram para o principal prêmio individual do futebol, que tem como objetivo premiar o melhor jogador do ano - e não quem ganhou mais títulos ou fez o gol mais importante da história do seu país e do ano.

Andrés Iniesta, Lionel Messi e Xavi Hernández, companheiros de clube, avançaram à final da premiação, o que justamente mais me indignou. É inadmissível que Sneijder, cérebro da Internazionale que venceu tudo em 2010, ficara de fora. Assim como é inadmissível ter Iniesta na frente de Xavi; ambos tiveram ótimo ano, coroado pelo título mundial, onde tanto um como o outro foram extremamente importantes; entretanto, a ausência de Xavi é muito mais sentida que a de Andrés, no Barça e na Seleção. Xavi é o tipo de jogador que poucos dão importância, não aparece muito no jogo, mas todas as boas jogadas passam pelos seus pés, além de ser um líder, quase um auxiliar técnico em campo, ajustando posições e erros de seus colegas de defesa e ataque; um excelente jogador, porém ofuscado pelo brilho do "extraterrestre" Lionel Messi.

Messi não é deste mundo. Enquanto Sneijder, Iniesta e Xavi são jogadores superiores aos demais, Messi está em outro patamar, quase inatingível. Incapaz de irregularidades e sumiços, vetado à grandes lesões - pelo menos por enquanto - e qualquer outra coisa que está sujeito um jogador comum, "La Pulga" é considerado, por esse que vos escreve, alguém capaz de superar Édson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé. Com apenas 23 anos, o argentino já marcou quase 200 gols, vale lembrar.

Lamento pelo Xavi, pelo Iniesta, pelo Sneijder e pelos outros que terão que conviver com mais alguns vices. Mereciam muito. Jogaram muito. Talvez sejam esquecidos daqui a 20 anos, como tantos outros que tiveram o "azar" de ser da mesma época que Pelé e Maradona.
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Messi venceu com merecimento, ao meu ver. Pelo visto, teremos que aturar o rosto do argentino nos tablóides segurando a Bola de Ouro em outras ocasiões.

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